A Verdade e a Educação

Alguns princípios importantes na educação são a verdade, o respeito e o debate aberto sobre a construção do conhecimento. Não podemos esconder dos nossos estudantes as questões que estão diretamente ligadas a sua formação. Abaixo temos uma notícia recente sobre o processo de credenciamento de um curso medicina em uma universidade federal. Este é um resultado lamentável de um processo de crescimento que desrespeita do direito constitucional dos estudantes, inclusive nos parece impensável que tal curso pudesse funcionar.

Pois bem, vindo para nossa realidade, a UENF é surpreendida a cada dia com notícias vinculadas na mídia eletrônica ou impressa. O informativo da UENF (número 2892 de 5 de maio de 2010) trás fotos e inúmeros nomes de autoridades da região assim como da UENF. Pois bem, a grande surpresa nisto tudo é que o responsável pelo centro onde são ministrados os cursos na área de Ciências e Tecnologias Agropecuárais não participa deste esforço institucional assim como a Pró-Reitoria responsável, neste caso a Pró-Reitoria de Graduação. Os cursos que serão instalados nestes locais serão de extensão? Esta é uma pergunta que poderia ser respondida em fórum apropriado, mas esta discussão não tem sido conduzida na instituição e para que situações como a apresentada abaixo não se repitam, seria adequado que todas as autoridades envolvidas respeitassem a liturgia dos trâmites acadêmicos.

Para abrir Curso de Medicina, UFSCar "usou" Santa Casa.

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VERIDIANA RIBEIRO da Folha Ribeirão

Quando pediu autorização ao Ministério da Educação para abrir o curso de medicina, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) considerou a Santa Casa - e não o Hospital Escola - como primeira opção para o internato, período em que alunos dos dois últimos anos estagiam em hospitais.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u730692.shtml

A informação contraria, segundo os estudantes, o que foi dito pela coordenação do curso desde o primeiro ano da faculdade, em 2006. Entre os alunos, a expectativa era que o estágio fosse feito no segundo módulo do Hospital Escola, prometido para abril, mas que ainda está em construção. Sem local para o internato, 33 estudantes do quinto ano da medicina estão sem aulas desde a última sexta-feira (30). "Desde que entramos na faculdade, nunca foi aventada essa possibilidade [de internato na Santa Casa]. A coordenação sempre disse que o Hospital Escola estava sendo construído para receber a nossa turma", disse Renan Marangoni, 23.

Segundo Marangoni, a Santa Casa só foi procurada depois que a UFSCar percebeu que o Hospital Escola não ficaria pronto a tempo. Como consequência, diz ele, os médicos do hospital não foram capacitados para receber os alunos. Para conseguir uma autorização para abrir um curso de medicina, as instituições de ensino precisam comprovar que dispõem de locais para as atividades práticas. No caso da UFSCar, a garantia dada foi o convênio com a Santa Casa. O hospital chegou a ser usado como internato entre março e abril, com um mês de atraso. Mas, segundo Edilson Abrantes, diretor clínico da Santa Casa, o convênio foi rompido pela UFSCar no dia 30. A Folha não conseguiu ouvir a universidade sobre a suspensão.

As informações sobre as causas do rompimento não são claras. Em tese, a suspensão aconteceu depois que médicos preceptores do hospital deixaram de receber os R$ 100,00 extras combinados com a universidade pela orientação aos alunos. A Prefeitura de São Carlos, responsável pelo pagamento dos plantonistas, não comenta sobre a "inadimplência". Hoje, os estudantes devem protestar no campus de São Carlos contra a paralisação das atividades do quinto ano durante a cerimônia de abertura das comemorações oficiais dos 40 anos da UFSCar.

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